A Câmara Municipal de Coruche colocou, durante a última edição da FICOR, uma instalação composta por 630 blocos de cortiça à entrada da vila, na rotunda junto à Estrada Nacional 114 e à Estrada Nacional 251.
Os blocos “sobrepõem-se em forma de anel para marcar a porta de entrada na capital mundial da cortiça e para reforçar a memória coletiva de Coruche”, explica um comunicado da MODO Associados, o gabinete de arquitetura do Sardoal que projetou esta instalação.
A peça, que se apresenta como a porta de entrada num concelho que produz diariamente cinco milhões de rolhas de cortiça, foi executada pela empresa Sofalca, com o apoio da Metalguia, a nível das estruturas metálicas, e da JC Bartolomeu, no que se refere à iluminação.
Os arquitetos “inspiraram-se na forma de um silo, evocando a ideia de reservatório e armazenamento da memória coletiva, ao mesmo tempo pensando esta peça escultórica como um mecanismo de precisão, que se quer dinâmico”, explica o mesmo comunicado, onde se lê também que “o desenho circular lembra um instrumento de registo do tempo, reforçando a ideia de memória”.
Os 630 blocos de cortiça (cerca de 100m3 de cortiça com 12 toneladas), estão dispostos em sete anéis sobrepostos, representando as seis freguesias do concelho, e o sétimo anel, em forma de “C” representa Coruche, a Cortiça e o Concelho Capital Mundial da Cortiça.