Os três primeiros sublanços do IC3 (agora A13), entre a A23 e Tomar (Santa Cita), começam a ser pagos já esta terça-feira, 1 de Novembro. Num comunicado que deixou os autarcas do norte do distrito de Santarém bastante insatisfeitos, a empresa pública Estradas de Portugal informou que o IC3 (itinerário complementar) foi convertido em A13 (auto-estrada) no âmbito da subconcessão Pinhal Interior, tendo sido sujeito a obras de beneficiação ao nível dos pavimentos, equipamentos de segurança, sinalização e telecomunicações, passando por isso a ter portagens.
Os valores a cobrar nos sublanços agora portajados são de cinco cêntimos (classe 1), 10 cêntimos (classe 2), 15 cêntimos (classe 3) e 20 cêntimos (classe 4) entre a saída do nó da A23 e o nó da Atalaia, valores que sobem para 35, 60, 75 e 80 cêntimos, respectivamente, no troço entre o nó da Atalaia e o nó da Asseiceira, e para 40, 65, 85 e 95 cêntimos, entre o nó da Asseiceira e a saída para Santa Cita. O tráfego local, correspondente à circulação entre dois nós consecutivos com passagem unicamente sob um pórtico, será isento do pagamento de portagem.
A cobrança é feita com recurso ao sistema exclusivamente electrónico, sem possibilidade de pagamento manual no local, sendo este apenas possível em regime de pós-pagamento nos balcões dos CTT e da rede Payshop, no prazo de cinco dias úteis, contados a partir do segundo dia após a passagem, bastando para isso indicar o número da sua matrícula.
Quem não ficou satisfeito foram os autarcas do Médio Tejo, que estão desiludidos com a falta de articulação e de informação da administração local sobre a cobrança de portagens.
Em declarações à Agência Lusa, o presidente da Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo (CIMT), António Rodrigues, afirmou que já não está em discussão a introdução ou não de portagens nas SCUT, mas sim o desprezo absoluto a que foram votados os autarcas da região.
As críticas surgiram depois de a empresa Estradas de Portugal ter anunciado, em comunicado, o início da cobrança de portagens em três sublanços do IC3, agora designado A23, a partir de 1 de novembro.
Os presidentes de Abrantes, Alcanena, Constância, Ferreira do Zêzere, Entroncamento, Mação, Ourém, Sardoal, Tomar, Torres Novas e Vila Nova da Barquinha declaram a sua preocupação pela incapacidade financeira de muitos residentes para fazer face às suas deslocações por motivos de saúde e da condição especial de, no Médio Tejo, existirem três hospitais com valências distintas.