Dom, 6 Outubro 2024

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Há alguém para recolher o lixo, se faz favor?

A população de Alcanhões, concelho de Santarém, já não sabe onde depositar os lixos domésticos uma vez que o serviço de recolha de resíduos sólidos urbanos da Câmara Municipal já não passa na vila há mais de uma semana, segundo garantiram à Rede Regional vários residentes.

A própria autarquia reconhece o problema e garante estar a tentar resolvê-lo, mas o resultado é o que está à vista nas imagens: contentores a transbordar com sacos do lixo, espalhados pela estrada durante a noite por animais atraídos pelos restos de comida, e uma numerosa colónia de moscas e outros insectos que por ali encontram as condições ideais para se reproduzir.

“Com o calor, o cheiro aqui à volta é tão intenso que quase dá vómitos”, acrescenta a proprietária de uma habitação junto a um dos caixotes cheios de detritos, para quem esta situação “é uma autêntica pouca-vergonha”.

Junta diz-se “indignada” com o arrastar da situação

“Nós estamos cansados de alertar a Câmara quase todos os dias para este problema, mas o facto é que têm sempre uma desculpa qualquer”, lamenta Pedro Mena Esteves, o presidente da Junta de Freguesia, que se diz “indignado” com a falta da recolha atempada dos resíduos sólidos, problema que se tem vindo a agravar nos último meses.

“Ainda no domingo à tarde, uma procissão passou por vários caixotes atulhados de lixo, onde o cheiro era insuportável”, exemplificou o autarca, que diz compreender totalmente o descontentamento da população. “As pessoas dirigem-se à Junta para reclamar, e têm todo o direito de o fazer, mas a recolha não é da nossa responsabilidade”, explica.

Pedro Mena Esteves chama ainda a atenção para o facto dos munícipes “estarem a pagar caríssimo por um serviço que, na realidade, não lhes é prestado ou é feito em condições muito deficientes”.

A taxa de recolha dos resíduos sólidos, cobrada mensalmente na factura da água, aumentou de 1,5 para 4,5 euros no caso das famílias com uma produção de lixo média, e de 7,5 para 15 euros, no caso das empresas, acrescenta.

No caso de Alcanhões, o presidente da Junta sublinha ainda o facto dos caixotes do lixo não serem lavados há mais de um ano, desde que a autarquia scalabitana rescindiu o contrato que tinha com a empresa Greendays.

“Eu não percebo como é que a Câmara não cumpre com uma obrigação que ela própria exigia à empresa, segundo o que estava definido no contrato de prestação do serviço, que entretanto acabou”, afirma Pedro Mena Esteves, dando conta que a autarquia também está a falhar na reposição dos equipamentos que entretanto ficam danificados com o uso.

“Além de termos menos caixotes, temos uns sem rodas e outros sem tampas, que vão ficando sem que sejam colocados outros novos”, denuncia o autarca.

Câmara está a tentar resolver o problema

Contactada pela Rede Regional, a Câmara de Santarém confirma que há, de facto, atrasos na recolha dos resíduos sólidos em algumas freguesias do concelho, uma situação que deverá ficar regularizada até ao final da próxima semana. “Nos últimos dias, surgiram uma série de circunstâncias infelizes que diminuíram a nossa capacidade de resposta”, explicou fonte do gabinete do presidente Ricardo Gonçalves, que se encontra de férias.

Além das avarias mecânicas em dois carros de recolha (estando um deles ainda na oficina), verificou-se também uma falta momentânea de contentores disponíveis no Ecocentro, o que “realmente motivou a que alguns circuitos não tivessem sido realizados na data prevista, atrasando toda a recolha”, explicou a mesma fonte.

A autarquia pede a compreensão e o civismo dos munícipes, no sentido de usarem os contentores apenas para a colocação de lixos domésticos, ou deslocarem-se a outros caixotes próximos que não estejam tão cheios, evitando deixar os sacos no chão.

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