Um grupo de personalidades do norte do distrito de Santarém, entre os quais o músico Pedro Barroso, o autarca e advogado Carlos Tomé, os antropólogos João Carlos Lopes e Carlos Simões Nuno, o engenheiro João Saramago, o professor do Instituto Politécnico de Tomar Luís Mota Figueira, e o antigo coordenador da CGTP no distrito de Santarém, Valdemar Henriques, está contra a vida do Papa Francisco a Fátima, em 2017.
Para demonstrar esta sua posição, o grupo lançou uma petição que esta terça-feira já conta com mais de 3 centenas e meia de assinaturas, onde se mostra contra o que entendem ser a credibilização do tão propagado “milagre” de Fátima.
“Não é possível deixarmos de estranhar tal decisão [do Papa Francisco]. Com efeito, o chamado «milagre dos três pastorinhos» não passa de um autêntico embuste, algo que mereceu até hoje a atenção de estudiosos sobre o que realmente aconteceu em Maio de 1917 e sobre o processo contínuo e imparável de exploração religiosa montado sobre tão ingénua encenação”, pode ler-se no texto que justifica a petição eletrónica, disponível AQUI.
Já hoje, em declarações à agência Lusa, o músico Pedro Barroso, explicou que a petição “não é uma crítica religiosa, cada um acredita naquilo que acredita, mas é evidente que o milagre é um embuste, uma farsa, uma má encenação com cem anos, tempo já para ter sido desmascarado e que hoje em dia se tornou um negócio”.
“O que nós achamos é que o papa, ao visitar Fátima, credibiliza, ratifica a situação, que começou por ser uma mentira e que hoje em dia é essencialmente um negócio”, esclarece o músico e compositor.
“Quem se informar sobre este caso, fica a conhecer facilmente a forma como os acontecimentos na época foram urdidos, planeados e tramados – entre a dúvida inicial e a posterior complacência da Igreja Católica – numa era de grande obscurantismo cultural e com evidente aproveitamento dessa rústica ignorância”, refere o texto da petição. Que considera que “a evidência do logro fica bem clara, bastando, no essencial, ler alguns documentos oficiais e livros de pessoas – algumas assumidamente católicas – com autoridade na matéria sobre o chamado “milagre” de Fátima, para concluir pela sua total inconsistência”.
Intitulada “Contra a credibilização do ‘milagre’ de Fátima”, a petição é dirigida ao bispo de Leiria, ao Patriarcado de Lisboa, ao núncio apostólico e à Conferência Episcopal Portuguesa.
A vinda de Jorge Bergoglio está prevista para os dias 12 e 13 de maio de 2017, por ocasião do centenário das aparições. Francisco será o quarto papa a visitar Portugal, depois de Paulo VI – 50 anos das aparições -, João Paulo II (12-15 de maio de 1982, 10-13 de maio de 1991 e 12-13 de maio de 2000) e Bento XVI (11-14 de maio de 2010).
2 Responses
É tudo ao contrário !
O Papa deve ir a Fátima ratificar o acordo comercial e depois seguir para a Santa da Ladeira , que tem estatuto de observadora, e fazer a Rota dos endireita assim como visitar os professores Bambos e o Iermão Gabriel que se esforça em cabedais e eventos para ajudar os próximos e sem fins lucrativos. Para desfastio passa por Santarém para levar um Pampilho para beatificar em Roma !
Assim é que era bonito…..
Podemos não concordar, podemos achar que será um episódio mal contado, mas não será por isso que seja possível usar expressões rudes e pouco abonatórias, em favor de quem as emite. Respeitem as pessoas que têm a sua Fé. Lembrem-se que a vossa voz será demasiado fraca para evitar a visita, até porque dos nomes vistos a encabeçar a iniciativa, haverá um que os mais antigos ainda reconhecem.
Rezarei por vós!