Eram cerca de 10h45 do dia 2 de agosto de 2003, um sábado, quando o concelho da Chamusca – e o distrito de Santarém – começaram a viver um dos seus momentos mais dramáticos em termos de proteção civil.
Em poucas horas arderam cerca de 30 mil hectares de floresta e terrenos agrícolas, cerca de 20 habitações (a que se juntaram dezenas de arrumos e barracões agrícolas), 32 pessoas ficaram desalojadas e, pior que tudo, 4 perderam a vida.
As chamas, que chegaram a ser combatidas, em simultâneo, por 140 homens e 23 viaturas, de treze corporações da região, consumiram cerca de metade da área do concelho, sobretudo nas freguesias de Pinheiro Grande, Ulme e Vale de Cavalos, num prejuízo total estimado superior a 75 milhões de euros.
Na altura, o presidente da Câmara Municipal da Chamusca, Sérgio Carrinho, atribuiu a causa do incêndio a uma trovoada tipo tropical que se abateu sobre a vila, mas Manuel Rufino, então comandante dos Bombeiros Voluntários da Chamusca, não tinha tanta certeza, sobretudo por as chamas terem começado em 4 frentes distintas.