A operação surgiu na sequência de uma investigação que decorreu durante cerca de seis meses, tendo-se apurado que o casal importava e vendia fármacos ilegalmente, não certificados pela Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (INFARMED), comercializando também artigos estimuladores da libido e potenciadores sexuais.
A investigação da GNR está ainda a tentar confirmar a suspeita de que os dois pudessem fabricar os próprios medicamentos, que depois vendiam através da internet e que são de composição desconhecida, o que poderia colocar em causa a saúde pública.
A GNR garante que “foi desmantelada toda a empresa, através da apreensão de diverso material, tendo ainda sido verificado que a «farmácia online» não se encontrava registada, estimando-se que tenha existido evasão fiscal na ordem de 250 mil euros desde 2014.
Foi ainda realizada uma busca domiciliária, quatro buscas em veículos, uma busca em apartado de correio e outra em plataforma digital, que resultou na apreensão de 2.100 comprimidos medicamentosos, 19 cremes e géis para potenciar a performance sexual, duas máquinas para fabricar blisters, um molde para fabricar blisters, uma impressora de estampagem e colagem de rótulos, cerca de 4 mil embalagens para acondicionar comprimidos, 940 euros em notas e moedas, documentos relativos a faturação e recebimento de quantias monetárias, e diversos vales de dinheiro e cheques à ordem do suspeito.
Os suspeitos foram constituídos arguidos e os factos remetidos ao Tribunal Judicial de Almeirim.
A operação contou com a colaboração da Autoridade Tributária e Aduaneira e do INFARMED, e, com o reforço do Núcleo Técnico Pericial do Comando Territorial de Coimbra.