A simples falta da data e hora da morte numa certidão de óbito obrigou ao cancelamento de um funeral já com muita gente no cemitério de Santarém, à espera para atender às cerimónias fúnebres.
O caso ocorreu na quinta-feira, 19 de fevereiro, no funeral de Manuel Faustino, sobejamente conhecido na cidade e entre os scalabitanos pela alcunha de “Pitorra”.
Manuel Faustino, de 57 anos, foi encontrado sem vida na sua casa na passada terça-feira, 17, tendo sido encaminhado para o Hospital de Santarém, onde foi autopsiado no dia seguinte.
Após ter sido libertado, o corpo foi transportado pela agência funerária para a capela das Portas do Sol, onde começou a ser velado a partir das 11 horas de ontem.
O funeral estava marcado para as 15h30 de quinta-feira, no cemitério dos Capuchos, mas acabou por ser cancelado poucos minutos antes porque a certidão de óbito emitida pelo Hospital de Santarém não foi aceite pela Conservatório do Registo Civil.
O problema, segundo a Rede Regional conseguiu apurar junto de uma amiga próxima de familiares do falecido, residiu no facto do documento não ter inscrita a data nem a hora da morte.
A família tentou por todos os meios que a questão burocrática fosse ultrapassada a tempo de realizar o funeral à hora marcada, mas a cerimónia acabou por ser cancelada.
A situação provocou um enorme transtorno entre os familiares mais próximos de Manuel Faustino, que se viram obrigados a explicar a todos os que queriam assistir ao funeral o motivo que impediu a sua realização.
Manuel Faustino foi a enterrar na manhã desta sexta-feira, às 11 horas, para o cemitério de Santarém, numa cerimónia que juntou muitos familiares, amigos e conhecidos que, apesar do percalço do dia anterior, quiseram prestar-lhe uma última homenagem.