Os arguidos têm entre os 20 e os 55 anos, e são o pai e a mãe do suposto cabecilha da rede, e a companheira deste, que começaram a responder pelos crimes de tráfico e outras atividades ilícitas, e detenção de arma proibida, a que se junta uma acusação de tráfico de armas para o principal suspeito, que está em prisão preventiva.
Na primeira sessão do julgamento, o principal arguido confessou quase na íntegra os factos constantes da Acusação do Ministério Público (MP), a que a Rede Regional teve acesso.
A família cultivava o estupefaciente no interior das suas duas casas pelo menos desde 2020, atividade que cessou a 2 de novembro de 2022, após uma operação da GNR.
Numa busca domiciliária na casa dos pais, os militares apreenderam estupefaciente suficiente para 4.879 doses individuais, material ligado ao embalamento de droga, armas e munições, ao passo que, na residência do filho, foram encontrados cannabis suficiente para 2.074 doses individuais, plantas em gestação, sementes, sacos herméticos e balanças de precisão, entre outros objetos, e mais armas de fogo ilegais e respetivas munições.
O MP sustenta que, além da droga, o principal arguido dedicava-se também à venda a terceiros de armas ilegais, conseguidas a troco de droga, e, pelo menos uma delas, transformada para fogo real.