“Encontrámos a minha avó cheia de fome, com falta de higiene há vários dias e muitas feridas no corpo”, relatou à Rede Regional a neta, que pede reserva de identidade, acrescentando que a família suspeita “que lhe batiam e que era sedada com medicação para dormir que não lhe tinha sido prescrita”.
As escaras profundas que apresenta nas pernas e num pé são exemplo da negligência a que foi sujeita, explica a queixosa, acrescentando que a avó “está bastante traumatizada”.
“Ao longo de oito meses, a família veio cá todos os fins de semana e nunca se queixou de nada. Agora que arranjaram vaga noutra instituição é que andam com estas mentiras”, afirma Adelaide António, a dona da casa de acolhimento.
“Nunca um idoso aqui foi maltratado”, garante a mesma, explicando que este caso refere-se a uma idosa com problemas de saúde bastante complicados, como demência e diabetes, mas a quem nunca faltaram cuidados médicos ou de enfermagem.
Adelaide António garantiu ainda à Rede Regional que já está a tratar da legalização da casa de acolhimento junto da Segurança Social, e que vai ficar a trabalhar apenas com o número de idosos que a lei lhe permite.