Uma mulher de 64 anos foi condenada a cinco anos de prisão, com suspensão de pena, por ter sacado mais de 33 mil euros da conta bancária de uma mulher que padece de uma deficiência cognitiva de nascença.
A arguida, residente no concelho de Ferreira do Zêzere, foi condenada por um crime de abuso de cartão de pagamento, um de abuso de confiança e outro de detenção de arma proibida, pelas duas armas ilegais que as autoridades encontraram numa busca realizada na sua residência.
“A senhora aproveitou-se de uma pessoa vulnerável e isso é altamente censurável”, referiu o juiz presidente do coletivo na leitura do acórdão, onde sublinhou que a pena suspensa “é uma verdadeira oportunidade para se reabilitar e adotar outro comportamento”.
O crime ocorreu numa aldeia do concelho de Ferreira do Zêzere, onde a arguida conheceu a vítima e conseguiu desenvolver uma relação de amizade, proximidade e confiança com a família da lesada.
A burlona começou por apoiar a deficiente, de 47 anos, fazendo limpezas, pinturas e arranjos na horta na casa, mas tudo não passou de um estratagema para se apoderar do seu património.
Entre junho e novembro de 2022, depois de ter acesso aos dados do cartão multibanco, a arguida fez levantamentos, compras e transferências para contas bancárias controladas por si num valor superior a 33 mil euros, deixando a lesada sem qualquer meio de sustento.
A mulher, que tem antecedentes criminais, foi ainda condenada à devolução de cerca de 12.600 euros à vítima, uma vez que o restante dinheiro de que se apropriou já tinha sido apreendido à ordem deste processo, e ao pagamento de indeminização de 5.000 euros por danos não patrimoniais.
