Ter, 18 Fevereiro 2025

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Está por explicar a troca de cadáveres no Hospital de Santarém

Manuel Nobre foi sepultado por engano no cemitério de São João da Lamarosa, Coruche. O corpo foi exumado cinco horas depois.

A PSP está a investigar a troca de cadáveres que ocorreu na morgue do Hospital de Santarém, e que levou a que um idoso residente em Foros de Salvaterra, concelho de Salvaterra de Magos, fosse enterrado por engano no cemitério da Lamarosa, no concelho de Coruche.


Contatado pela Rede Regional, o Conselho de Administração (CA) do Hospital de Santarém começa por “lamentar o sucedido” em solidariedade com a “dor das famílias enlutadas”, e justifica que o “reconhecimento e os cuidados ao corpo ficam a cargo das agências funerárias, que devem garantir a identidade das pessoas que recolhem na casa mortuária”.
“A agência funerária em causa entregou uma declaração de reconhecimento” do corpo, escreve o Hospital em resposta ao nosso e-mail, acrescentando que o saco de cadáver “estava devidamente identificado no exterior”.
Ainda segundo o CA, “nesta fase de pandemia, o número de mortos nas morgues é elevado e os mesmos encontram-se acondicionados de acordo com as regras oficialmente definidas”.

Funerária conta versão diferente e refuta responsabilidades
Contatada pela Rede Regional, a Agência Funerária Jacinto, de Coruche, que levantou o corpo errado, refuta responsabilidades na troca dos cadáveres.
“Nós entregámos um documento com o nome da falecida, a roupa para a vestirem e a urna”, explica o proprietário, Jacinto Joaquim, garantindo que o funcionário que se deslocou à morgue “recebeu o corpo que lhe entregaram”.
Jacinto Joaquim explica ainda que, de acordo com a legislação em vigor durante o Estado de Emergência de combate à pandemia do novo coronavírus, as funerárias “não têm qualquer contato com os mortos, logo, não temos culpa de nos terem entregado o corpo errado”.
A Rede Regional chegou também à fala com a Agência Funerária Monteiro & Caneira, que foi confrontada com o lapso ao chegar ao Hospital, altura em que percebeu que o corpo que deveria levantar já não estava na morgue.
“Isto não pode voltar a repetir-se, de forma alguma, sobretudo porque, com as novas regras em vigor, as pessoas envolvidas neste meio têm uma responsabilidade acrescida”, afirma Carlos Caneira, lamentando os transtornos que a troca provocou nos familiares.
Segundo o mesmo, a PSP foi chamada ao local por iniciativa do hospital, e, conforme verificou mais tarde, as etiquetas de identificação dos defuntos estavam corretas em ambos os sacos.

Troca resulta em funeral no cemitério errado
O caso ocorreu quando a Agência Funerária Jacinto se deslocou à morgue para levantar o corpo de uma mulher de 84 anos, que tinha funeral marcado em São José da Lamarosa, a aldeia do concelho de Coruche onde residia.
Por razões que estão a ser apuradas, este agente funerário acabou por levar o corpo de Manuel Nobre, de 73 anos, que tinha falecido no dia anterior e devia ir a sepultar em Foros de Salvaterra, concelho de Salvaterra de Magos.
A troca só foi detetada na sexta-feira, quando a Agência Monteiro & Caneira foi buscar o homem dos Foros, e deparou-se com o corpo de uma mulher, segundo o que estava registado na etiqueta do saco.
Entretanto, o primeiro funeral acabou mesmo por realizar-se na tarde de quinta-feira, e Manuel Nobre foi a enterrar no local errado, no cemitério da Lamarosa.
Já com autorização do Ministério Público e com acompanhamento da GNR de Coruche, o corpo foi exumado durante a tarde, e depois transportado para o cemitério correto, nos Foros de Salvaterra, onde desceu à terra por volta das 18h30.
“Estas situações não podem acontecer, de forma alguma, principalmente pela angústia e o sofrimento que provocam nas famílias”, disse à Rede Regional Manuel Bolieiro, presidente da União de Freguesias de Salvaterra e Foros, e que acompanhou o caso ao longo do dia.
Para agravar a situação, a classificação do óbito de Manuel Nobre também esteve envolto em polémica.
Por ter realizado um teste positivo para o COVID-19, as Autoridades de Saúde registaram-no como morto pelo novo coronavírus, mas os familiares desmentem esta versão.
O idoso, que tinha problemas de tensão arterial e diabetes, faleceu depois de vários dias internado no Hospital de Santarém, onde estava a recuperar de um AVC.

Notícia relacionada:

Troca de cadáveres no Hospital de Santarém obrigou à exumação de um corpo entregue á família errada

 

 

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