Segundo a Rede Regional conseguiu apurar, a insolvência foi proposta a 4 de julho último e declarada pelo Tribunal da Comarca do Porto Este – Amarante três dias depois. Entre os credores estão sobretudo bancos, nomeadamente BPI, BCP, Santander e Caixa Geral de Depósitos, e a Norgarante – Sociedade de Garantia Mútua.
A Câmara de Santarém já tem conhecimento deste pedido de insolvência mas o vice-presidente e vereador responsável pelas obras e projetos municipais, João Teixeira Leite, espera que a situação se consiga resolver sem prejudicar o andamento da empreitada.
A Habitâmega está a tentar efetuar uma cedência da posição contratual da obra, uma negociação que está avançada mas que ainda não está concluída.
“O assunto está a ser acompanhado juridicamente. Se a possível cedência contratual correr bem, e neste momento está a ser analisado todo o enquadramento, não existirão atrasos substanciais na obra”, referiu João Teixeira Leite à Rede Regional.
UMA OBRA “ENGUIÇADA”
As obras de remodelação do Mercado Municipal de Santarém já sofreram vários atrasos inesperados, o maior dos quais devido à necessidade de reforçar a estrutura de algumas paredes, que na altura da construção não foram feitas com as devidas fundações.
A empreitada, com um valor a rondar os dois milhões de euros (1.949.340,00 €), deveria estar concluída em agosto de 2020, 1 ano depois do início, esteve suspensa durante sete meses, para reavaliação do projeto devido a esse problema técnico.
A intervenção no antigo mercado inclui a recuperação integral do espaço, criando uma área mais moderna e funcional, destinada a ser vivida diariamente.
O centro do futuro mercado será uma área em forma de cruz, com 36 bancas destinadas ao mercado diário, que terão em seu redor 4 praças. Num dos torreões irá funcionar o novo posto de turismo de Santarém.
Os espaços exteriores (lojas), também serão recuperados, ficando 29 deles destinados a atividades diversas, que podem ir do artesanato à geladaria, passando por florista, vinhos e lojas de conveniências, entre outras.
