Um dos momentos mais marcantes da cerimónia, contou com familiares, amigos, colegas de trabalho, altas patentes da GNR e o Ministro da Administração Interna, foi a entrega da bandeira nacional à namorada de Carlos Pereira, grávida de 7 meses, cuja foto foi divulgada pela GNR na sua página do Facebook, em paralelo com uma mensagem póstuma.
“A Guarda Nacional Republicana está de luto. Hoje prestámos a última homenagem ao nosso Guarda Carlos Pereira, junto dos seus familiares, amigos e camaradas. Neste momento de sofrimento e luto, o nosso pensamento está com a família enlutada e com os militares do Comando Territorial de Santarém, em especial os que servem a Guarda no Destacamento de Trânsito, a quem transmitimos as nossas sinceras condolências e muito sentida solidariedade”, pode ler-se na referida publicação.
O casal vivia em união de facto e estava a tratar da compra de casa em Santarém.
Recorde-se que o acidente que vitimou o guarda Carlos Pereira e deixou às portas da morte a militar Vânia Martins, de 30 anos, natural da Guarda, ocorreu pelas 11h30 de terça-feira, 7 de julho, ao quilómetro 85 da A1, entre o nó de Torres Novas e a área de serviço de Santarém.
Os dois militares, destacados para acompanhar uma operação de limpeza das bermas da via, estavam dentro do carro patrulha quando um ligeiro de passageiros colidiu com grande violência na traseira da viatura da GNR.
Os elementos da GNR ficaram encarcerados e inconscientes, ao passo que os três ocupantes da viatura que provocou o embate sofreram ferimentos ligeiros.
Carlos Pereira, de 27 anos, natural de Póvoa da Atalaia, no concelho de Castelo Branco, não resistiu aos ferimentos e acabou por falecer na manhã de quarta-feira no Hospital de Santarém. Ao início da tarde, um helicóptero do INEM transportou órgãos do militar falecido que seguiram para transplantação.
Segundo a Rede Regional conseguiu apurar, Carlos Pereira sofreu vários traumatismos ao nível do tórax e do tronco, com afetação de órgãos vitais, tendo sido transportado para a Unidade de Cuidados Intensivos do Hospital de Santarém, onde viria a falecer.
Vânia Martins ficou muito magoada a nível cervical e foi transportada para o hospital de São José, em Lisboa, onde ainda permanece, em estado crítico, a lutar pela vida.