Segundo a agência Lusa, que cita Luís Ferreira, do Conselho Diretivo do Baldio do Vale da Trave, o ponto de água, criado em 2004, situa-se num planalto, onde a disponibilidade hídrica é mínima, revelando-se muito relevante para a conservação da vida selvagem existente nesta área do PNSAC/Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, que é gerida pelo Baldio do Vale da Trave.
A degradação do local, criado pelo PNSAC numa antiga pedreira de calçada, sobretudo devido ao aparecimento de javalis na zona, tornou-o inoperacional, e a recuperação deste ponto de água, que serve de bebedouro para animais e de apoio para o combate aos incêndios rurais e à pastorícia, foi financiada pela Lusical, empresa que explora pedreiras na zona e tem desenvolvido iniciativas no âmbito das suas responsabilidades ambiental e social.
O ponto de água da Cova do Coelho surge como “um oásis no meio da serra”, disse Luís Ferreira à Lusa, acrescentando que a intervenção agora realizada permitiu criar uma lagoa secundária para a “chafurda” dos javalis, vedando-lhes o acesso à lagoa principal, na qual foram criadas rampas que, em caso de queda, permitem a saída dos animais.