Na obra de entrada da ETAR há cotonetes, toalhitas, cabelos, toalhas de pano e outros objetos estranhos. “Ainda há quem faça da sanita o caixote do lixo mas a sanita e os ralos servem para escoar águas sujas”, explica David Cardoso responsável pela ETAR. “Tudo o resto deve ser colocado no balde do lixo e encaminhado para os contentores de resíduos sólidos urbanos”, completa o engenheiro do ambiente.
O Planeta Terra carece de intervenção urgente dos alunos, professores e famílias nos seus hábitos/rotinas de responsabilidade civil ambiental, e o Plano de Inovação 2021/24 do Agrupamento de Escolas de Benavente criou a Escola Verde, para desenvolver projetos de educação ambiental que investigam a realidade local.
A visita à ETAR completa um ciclo de sensibilização com ações em contexto escolar, jogos e atividades didáticas onde a brincar também se aprendeu. Os alunos de palmo e meio abordaram o ciclo da água (natural e urbano) e aprenderam formas de poupar água e reduzir a pegada hídrica.
“As regas devem ser feitas de manhã cedo ou ao fim da tarde!”, sugere Tiago. “Regar quando a temperatura é mais baixa, reduz as perdas por evaporação”, completa. O duche rápido que gasta 15 a 20 l de água é mais amigo do planeta que o banho de emersão que consome 80 a 100 litros. A água da chuva deve ser retida e aproveitada para regas e lavagens de pavimentos.
As sugestões de boas práticas multiplicaram-se no curso do projeto Parcerias Hidrodinâmicas desenvolvido nas escolas do concelho de Benavente e premiado num concurso nacional.
Ana Palmar, bióloga da Câmara Municipal de Benavente, coordenadora da parceria, reconhece que os alunos são influenciadores da família em casa e fiscalizam os comportamentos dos pais, irmãos e avós, aplicando “castigos” a quem não se porta bem.