Apesar de ter ficado provado que o arguido, de 36 anos, atuou como um mero “correio de droga”, o coletivo de juízes do Tribunal de Santarém optou por não suspender a pena, tendo em conta a elevada quantidade de droga apreendida, em fevereiro deste ano.
Durante o julgamento, Wong Keat Ngit confessou que aceitou fazer o transporte da droga por 600 euros, a mando de um “amigo chinês” residente em Madrid, cidade onde também morava.
O cozinheiro disse que sabia tratar-se de um negócio ilegal, que envolvida estupefacientes, mas explicou que estava há seis meses sem emprego, e que precisava do dinheiro para enviar para a família na Malásia, onde tem esposa e uma filha menor.
Recorde-se que, minutos depois de sair de um armazém de uma empresa de transportes no Porto Alto, Wong Ngit foi intercetado pela Unidade Nacional de Combate ao Tráfico de Estupefacientes (UNCTE) da Polícia Judiciária, que tinha montado uma operação de vigilância no local, após ter sido informada pelas autoridades espanholas.
A droga esteva escondida em oito sacos de vácuo envoltos em toalhas turcas, numa caixa de cartão no porta-bagagens do carro, e, tendo em conta o seu estado de pureza, seria suficiente para mais de 20 mil doses individuais.
O Tribunal de Santarém decidiu ainda expulsar o cidadão malaio de Portugal, após cumprir a pena de prisão.