O coveiro que estava acusado da morte de um irmão do padrasto durante uma discussão ocorrida em Marinhais, concelho de Salvaterra de Magos, foi condenado a cinco anos de prisão em pena suspensa, na quinta-feira, 29 de Março.
O arguido, de 30 anos, começou a ser julgado por um crime de homicídio, mas acabou por ser condenado apenas por ofensa à integridade física, agravada pelo resultado morte.
O colectivo de juízes do Tribunal de Benavente entendeu que o homem estava bastante embriagado durante a discussão em que esfaqueou três vezes a vítima mortal, Jacinto Gomes Bernardo, então com 62 anos, e que não tinha a intenção prévia e deliberada de lhe provocar a morte, o que veio a acontecer mais de um mês depois da contenda, quando a vítima estava internada no Hospital de Santarém.
Os factos remontam a 20 de Agosto de 2011, quando o coveiro e a vítima iniciaram uma discussão na cozinha por causa de Jacinto Bernardo ter protestado por não haver canja para o jantar. Na presença da própria mãe, o arguido começou por tentar empurrar a vítima para dentro da lareira, antes de ambos terem saído para o quintal, onde continuaram a briga.
Segundo a acusação do MP, a que a Rede Regional teve acesso, terá sido aqui que o coveiro esfaqueou três vezes Jacinto Bernardo com uma faca de cozinha, até à chegada do irmão da vítima, que conseguiu desarmar e chamar à razão o agressor, de quem é padrasto. Jacinto, que perdeu muito sangue e foi socorrido em estado grave, veio a falecer a 26 de Setembro de 2011, enquanto ainda estava internado no Hospital de Santarém, devido a uma hemorragia interna.
O facto do arguido não ter fugido do local após a briga, ter-se entregue sem resistência às autoridades e ter tentado auxiliar o irmão do padrasto quando ganhou consciência da gravidade da situação também foram atenuantes que pesaram a seu favor.