A Câmara Municipal do Cartaxo aprovou esta sexta-feira, 23 de fevereiro, por unanimidade, o encerramento ao trânsito rodoviário da Ponte de Santana, situada na EN3-3, sobre a Vala da Azambuja, entre Cartaxo e a freguesia ribeirinha de Valada.
O presidente da autarquia, João Ferreira Heitor, explicou que o município tem vindo a monitorizar a travessia, que há vários anos apresenta deficiências estruturais, e que no dia 8 deste mês recebeu o relatório da última vistoria do Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) que dá a classificação de “mau” à travessia, a pior numa escala de 5, recomendando o encerramento imediato da travessia.
Este relatório reforça as conclusões de uma avaliação anterior, feita em 2021, que já dava a classificação “mau” mas que ainda admitia a circulação, com restrições ao nível do peso das viaturas que podiam atravessar a ponte.
Esta quinta-feira, a Comissão Municipal de Proteção Civil do Cartaxo decidiu pronunciar-se a favor do encerramento, sugestão acatada esta manhã pela autarquia, numa reunião convocada apenas para decidir este ponto e em que a necessidade de encerramento foi reconhecida unanimemente, apesar dos constrangimentos que o fecho vai provocar no trânsito local, nomeadamente o agrícola.
UM PROBLEMA COM MAIS DE 30 ANOS
Antes do executivo se pronunciar pelo encerramento, João Heitor fez um pequeno resumo dos avanços e recuos deste problema, que se agravou a partir dos anos 90 do século passado, quando o município aceitou a desclassificação da estrada sem a respetiva contrapartida financeira por parte do poder central.
Nos anos seguintes foi prometida a supressão da passagem de nível e a construção de um novo viaduto, e, em 2010 chegou a ser lançado o concurso, que não avançou porque município não tinha os cerca de 700 mil euros da sua comparticipação para uma obra orçada na altura em cerca de 7 milhões de euros.
Os perigos apontados pelas sucessivas avaliações ao estado da ponte motivaram várias reuniões da autarquia com o poder central e em 2021, a Infraestruturas de Portugal (IP) chegou a prometer que a construção do viaduto ia arrancar no primeiro trimestre 2022, o que não aconteceu, segundo João Heitor, porque o Ministério das Finanças nuca desbloqueou a verba necessária.
A 5 de fevereiro desde ano, a Câmara Municipal do Cartaxo reuniu com o secretário de Estado das Infraestruturas, IP e Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária, onde voltou a ser decidido que não há viabilidade para recuperar a velha ponte e que a solução passa pela supressão da passagem de nível e a construção de um novo viaduto, que a autarquia espera possa avançar em breve.
2 Responses
Metam sinalização que eu esta noite nao levei os blocos de cimento à frente porque nao callhou
É engraçado é q este problema se arrasta a varios anos e não é resolvido ….não há verbas p isso nem p arranjar as estradas q estão numa vergonha mas p fazer as obras no centro do cartaxo com uma ciclovia q não serve p nada já houve verbas ….