A Câmara de Santarém votou favoravelmente, por unanimidade, a necessidade de construção de uma nova ligação rodoviária da Urbanização da Quinta das Trigosas à Estrada Nacional 3. Os serviços de urbanismo dizem que a sustentabilidade da urbanização e o bem-estar da comunidade dependem desta intervenção, que deve ser “priorizada e acelerada”.
Esta segunda-feira, na reunião do executivo municipal, a recomendação dos serviços foi acolhida por todos os vereadores, tendo o presidente da autarquia explicado que estão a ser estudados dois possíveis traçados para a nova ligação à EN3. Só após a escolha de um deles, a autarquia poderá avançar para a negociação dos terrenos, ou eventual expropriação.
João Leite considera que esta é a “consequência feliz” do município estar a crescer em termos de população e parque habitacional, sendo a Urbanização da Quinta das Trigosas um dos locais de maior crescimento, esperando-se que possa aumentar a sua população residente em perto de um milhar de pessoas nos próximos anos.
Nos vários loteamentos aprovados ao longo das últimas décadas, há vários casos por resolver em termos de áreas de cedência para domínio público, tendo um dos casos cerca de 20 anos. O loteador inicial entrou em insolvência, e as obras da chamada terceira fase e parque urbano, não foram concluídas, deixando-se vários trabalhos por executar. A autarquia conta receber valores ainda consideráveis, mas que João Leite diz que nunca serão suficientes para a obra.
Segundo a informação dos serviços da autarquia, “a operação urbanística existente, que atualmente compreende 217 lotes de construção, está prestes a expandir-se com a adição de mais 150 lotes”.
“Esta expansão representa um marco importante para o crescimento e desenvolvimento da área, trazendo novas oportunidades. Contudo, um obstáculo crítico compromete este progresso: a ausência de uma ligação à via estruturante existente, com capacidade para suportar a fluência rodoviária, devido à não construção dessa via [ligação à EN3] pelo urbanizador original, que entrou em insolvência”, pode ler-se na explicação técnica.
Os técnicos da Câmara de Santarém consideram que “a construção desta via é indispensável para garantir um fluxo de tráfego eficiente para dentro e fora da urbanização”, uma vez que “a infraestrutura atual, ligação à via municipal da Portela das Padeiras, não possui capacidade para absorver o aumento de tráfego gerado pelos novos 150 lotes, o que tornará a situação atual insustentável sem esta ligação”.
“Dada a insolvência do urbanizador original, cabe agora à autarquia assumir a responsabilidade de garantir a construção desta via essencial, juntamente com os atuais interessados na promoção da construção dos restantes lotes. A sustentabilidade da urbanização e o bem-estar da comunidade dependem desta intervenção”, diz o gabinete de urbanismo do município, que conclui ser “imprescindível que a construção da via estruturante seja priorizada e acelerada, assegurando que o crescimento da área ocorra de forma harmoniosa, sem sacrificar a qualidade de vida dos atuais e futuros residentes, e promovendo a prosperidade económica”.