Segundo a autarquia, “o pagamento será formalizado com 71.000,00€, a pagar com a assinatura do contrato promessa compra e venda, em 2020 e sempre após o visto do Tribunal de Contas” e os restantes 399 mil euros serão pagos em 6 prestações, cada uma de 66.500,00€ “a pagar até 31 de janeiro dos 6 anos seguintes, até 2026, data em que será formalizada a escritura de compra e venda definitiva”.
A Câmara Municipal de Abrantes e a Sociedade Iniciativas de Abrantes, proprietária do imóvel, afirmam que este acordo serve para, “de forma definitiva e permanente, devolver o cineteatro São Pedro ao usufruto dos cidadãos abrantinos”, sendo que a propriedade do imóvel passa para a Câmara Municipal que, “a partir de agora, velará pela sua adequada manutenção e o colocará ao serviço da cultura e de Abrantes”.
Este acordo coloca um ponto final na divergência entre as duas partes, com a Sociedade Iniciativas de Abrantes a propor um valor na ordem dos 800 mil euros, contra a câmara, então presidida por Maria do Céu Albuquerque, que contrapôs com uma proposta de 275 mil euros.
“Desde que tomei posse que peguei neste processo e com vários cenários em negociação, desde o comodato, ao aluguer ou à venda do imóvel e, em poucos meses, chegámos a acordo, com respeito, compreensão e vontade”, explicou o atual presidente, Manuel Jorge Valamatos, que considera que esta é a principal sala de espetáculos do concelho de Abrantes.
O autarca salientou no entanto que o edifício necessita de obras de requalificação urgentes, que estimou em cerca de dois milhões de euros.
O Cine Teatro de S. Pedro é uma obra da autoria do arquiteto Ruy Jervis d’Athouguia e foi inaugurado a 19 de fevereiro de 1949 pelas Iniciativas de Abrantes. Um espaço que a autarquia assumiu a gestão e utilização em 1999, por um período de 19 anos, mediante protocolo. Depois de um interregno, resultado das negociações, o Cine Teatro de S. Pedro volta agora para uma gestão definitiva da Câmara Municipal, devolvendo aquele espaço à comunidade abrantina.