Qua, 19 Fevereiro 2025

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Câmara da Golegã insiste em instalar açude no rio Almonda

A Câmara Municipal da Golegã mantém a intensão de instalar um açude, ainda que sazonal, para que se possa alcançar a manutenção do espelho de água do Rio Almonda, na zona de Azinhaga, onde o curso de água tem secado completamente em pleno Verão.

A autarquia já elaborou o projeto e iniciou pedidos de autorização junto da CCDR LVT e da Agência Portuguesa do Ambiente, no sentido da instalação do açude, que iria permitir a manutenção do espelho de água durante todo o ano, conseguindo-se assim garantir a preservação da biodiversidade deste rio que alimenta a Reserva da Biosfera do Paul do Boquilobo.

Permitiria ainda um desejável armazenamento de água para utilização agrícola, numa região cada vez mais fustigada por altas temperaturas e escassez de água, culminando ainda num maior aproveitamento do rio em termos de desenvolvimento turístico, com benefício para toda a comunidade.

Em agosto de 2022, o Município da Golegã, deu início aos trabalhos de limpeza do leito do Rio Almonda, no troço urbano, uma vez que apenas nesta parte do curso de água pode intervir de acordo com a legislação.

“Foi devido a esta limpeza e esforço do Município, que agora é possível ver o Rio Almonda com vida e a seguir o seu curso natural sem obstáculos, tal qual demonstram os registos fotográficos, o que há muitos anos não se verificava”, refere a Câmara, em nota de imprensa.

No entanto, dia o mesmo comunicado, “apesar de todos os esforços do Município, em conjunto com a Agrotejo – União Agrícola do Norte do Vale do Tejo, e das várias reuniões e informação remetida para as entidades competentes, a Agência Portuguesa do Ambiente emitiu em agosto de 2023 um parecer desfavorável à instalação do açude, por alegadamente se desconhecer o impacto que a instalação do açude pode acarretar para a Reserva Natural do Paul do Boquilobo, extrapolando ainda a APA, sem apresentar argumentos, estudos ou evidências, que a instalação do açude poderá colocar em causa o Regime Jurídico da Rede Ecológica Nacional, por causas como a segurança de pessoas e bens, a garantia das condições naturais de infiltração e retenção hídricas ou mesmo a manutenção da fertilidade e capacidade produtiva dos solos inundáveis”.

Apesar disto, o município mantém a sua pretensão e objetivo de instalação do açude no Rio Almonda, através de uma solução permanente ou amovível, com o único objetivo de manter um espelho de água fundamental para a freguesia da Azinhaga.

“Ainda vamos a tempo de travar a antecipada tragédia ambiental do verão de 2024!”, remata o comunicado.

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