Qui, 12 Dezembro 2024

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Cabeleireira assaltava casas quando as clientes estavam no salão

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Uma cabeleireira do Entroncamento está a ser julgada no Tribunal de Santarém por três crimes de furto qualificado, que foram cometidos nas residências de outras tantas clientes habituais, enquanto estas estavam a ser atendidas no seu salão.

Segundo o Despacho de Acusação do Ministério Público (MP), a que a Rede Regional teve acesso, a mulher, de 35 anos, é suspeita de roubar as chaves de casa das clientes após estas pousarem as malas num bengaleiro, e ausentava-se pouco depois do local de trabalho para cometer os crimes.

O primeiro caso reportado às autoridades ocorreu em agosto de 2014, numa residência no Entroncamento, perto do salão, de onde foram roubados 102 euros em objetos valiosos de ouro.

Seguiram-se outros dois furtos, ambos no dia 27 de setembro do mesmo ano; a arguida terá conseguido furtar cerca de 250 euros em dinheiro e 3.500 euros em joias da primeira casa (propriedade de uma cliente que estava a ser penteada para ir a um casamento), e 15 mil euros também em ouro e joalharia da segunda residência.

Segundo o MP, as chaves ficavam depois penduradas nas fechaduras das portas, fazendo crer às vítimas que se tinham esquecido delas.

Tramada pela venda do ouro

A arguida, que requereu abertura de instrução do processo, nega perentoriamente ser a autora dos crimes.

Apesar de não existir nenhum testemunho direto dos assaltos, o juiz de instrução do Tribunal de Santarém considerou existir matéria probatória suficiente nos autos para levar a mulher a julgamento.

Em comum, as três vítimas dos assaltos têm o facto de terem estado no salão de cabeleireiro da arguida nos dias em que foram roubadas, e a todas ter desaparecido as chaves de casa de dentro da mala.

Segundo o Despacho de Pronuncia, a investigação apurou ainda que a cabeleireira vendeu objetos em ouro e joias a lojas de penhores em cinco ocasiões, duas no Entroncamento e três em Torres Novas, em datas quase coincidentes com os assaltos, e tratando-se de artigos muito parecidos com os que foram subtraídos às vítimas.

A mulher negou ter vendido os artigos, mas acabou por ser identificada por todos os compradores.

A leitura do acórdão está marcada para esta segunda-feira, 1 de outubro, às 14 horas, no Tribunal de Santarém.

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