A burocracia e a falta de entendimento entre as várias entidades envolvidas, fizeram com que o cadáver da jovem de 33 que morreu trucidada na tarde desta quinta-feira, 17 de abril, na estação de Santarém, ficasse durante três horas na linha férrea.
Como a Rede Regional noticiou na altura, o acidente ocorreu pelas 14h45 e obrigou à interrupção da circulação ferroviária no sentido Sul – Norte. Apesar da delegada de saúde ter chegado ao local cerca de uma hora depois, o corpo só foi removido cerca das 18h00 e, enquanto isso, os comboios permaneceram parados.
Fonte dos bombeiros de Santarém explicou ao nosso jornal que a corporação apenas possui ambulâncias de socorro, que, por lei, estão impedidas de transportar cadáveres. “Nós fomos chamados ao local para prestar socorro e saímos com a ambulância do INEM e a VUCI para proceder à limpeza do local. Como o óbito foi atestado no local não podemos transportar o corpo”, explicou a mesma fonte, acrescentando que a corporação não tem ambulâncias de transporte “há cerca de 20 anos”.
O representante do Ministério Público que esteve no local foi informado que a corporação de Benavente tem uma viatura adaptada para o efeito e que cumpre todas as normas legais, mas, segundo foi possível apurar, por motivos económicos, acabaram por ser os Bombeiros Voluntários de Almeirim a fazer o transporte do corpo numa ambulância de transporte de doentes.
Citada pelo jornal “Expresso”, fonte da CP revelou que estiveram paradas, no sentido Lisboa-Porto, várias composições, entre as quais dois Alfa-pendulares, dois Intercidades e sete comboios regionais.
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