O bispo de Santarém, D. José Traquina, afirmou na sua homilia desta segunda-feira, 1 de janeiro, na Sé de Santarém, que apesar de ser espontâneo iniciar o novo ano com algumas expectativas e esperanças em relação ao futuro próximo, desta vez é mais difícil ser otimista.
“Desta vez é mais difícil ser otimista; os votos de ‘próspero Ano novo’ podem ser sinceros, mas há dúvidas e falta de conhecimento que não permitem uma antevisão do que se segue. Quando surgirá uma solução sensata para os países em guerra encontrarem a paz? Haverá estabilidade política em Portugal com o resultado das próximas Eleições legislativas? Que esperança podem ter o ainda elevado número de pessoas pobres e em risco de pobreza em Portugal? Podem os portugueses contar com o bom funcionamento do Serviço Nacional de Saúde? Haverá vontade em assegurar estabilidade às Instituições de solidariedade social, de saúde e de educação? E a Inteligência artificial, será um bem para a sociedade?”, questiona D. José Traquina.
Relembrando que Maria e José deslocaram-se a Belém, terra do Rei David, para participarem no recenseamento da população, o Bispo de Santarém apela a que todos cumpram o seu dever cívico, votando nas eleições a que são chamados.
“Não permitamos que o comodismo nos domine; estejamos alerta e disponíveis para participar na edificação de uma sociedade democrática, onde se requer que cada pessoa seja respeitada, nos seus direitos e deveres”, afirma.
D. José Traquina diz que “ser cristão assumido é também ser responsável na orientação do país”, pelo que “não podemos concordar com a abstenção”.
“Daí o apelo à participação em todas as eleições para cargos políticos, com escolha atenta às propostas apresentadas. Não votar nas eleições é falta grave, é sinónimo de indiferença e contribui para a degradação da Democracia”, conclui.