Este é o culminar de um projeto realizado no âmbito das celebrações do centenário do nascimento do Prémio Nobel da Literatura, em que cada uma das árvores será batizada com o nome de uma personagem de José Saramago.
Simbolicamente, as duas oliveiras centenárias levam o nome dos avôs maternos de José Saramago, o avô Jerónimo e a avó Josefa.
“A minha aldeia era rodeada de olivais, com oliveiras antigas de troncos enormes. Elas desapareceram. Senti-me como se me tivessem roubado a infância. Hectares e hectares de oliveiras desapareceram para dar lugar a culturas mais lucrativas. A aldeia não mudou tanto, foi a paisagem que mudou. E essa mudança radical na paisagem foi, para mim, uma espécie de golpe no coração”, escreveu José Saramago.
“100 Oliveiras para José Saramago” é um projeto da Fundação José Saramago e da família do escritor, apadrinhado por um agricultor da região, Manuel Coimbra, que prontamente, em 2019, ofereceu as cem oliveiras, conta com o apoio da Câmara Municipal da Golegã e Junta de Freguesia de Azinhaga.
Os nomes das oliveiras foram desenhados pelo designer Leonel Duarte, e pintados à mão por uma ceramista e pintora cerâmica da região, Filipa Betes.