Na leitura do acórdão, que decorreu na tarde desta quarta-feira, 15 de julho, a presidente do coletivo de juízes sublinhou que o arguido, de 33 anos, agiu com “um total desprezo pela vida da vítima, que morreu atingida pelas costas e sem possibilidade de se defender, para ser deixada num cenário dantesco”.
O Tribunal de Santarém considerou provados todos os factos da Acusação do Ministério Público (MP), agravando a condenação pela conduta do arguido e pela tremenda violência que envolveu o crime.
Depois de marcar um encontro com o agressor, a 27 de janeiro de 2019, a vítima, Ana Lúcia Oliveira, foi atingida no pescoço com um objeto perfurante que lhe fez um golpe com 19 centímetros.
A mulher, de 48 anos, ainda tentou pedir socorro, mas morreu sufocada pelo próprio sangue.
De seguida, Yuren Teixeira roubou os telemóveis da vítima, para esconder os contatos entre ambos, mas acabou por cortar-se ao partir um dos vidros da porta da rua, o que deixou vestígios hemáticos seus no local do crime.
O homem acabou por ser detido pela Polícia Judiciária (PJ) cerca de três meses depois do crime, quando foi encontrado um dos telemóveis de Ana Lúcia Oliveira escondido na casa onde residia, em Santarém, junto ao tubo de exaustão do esquentador.
A defesa de Yuren Teixeira vai recorrer do acórdão.
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