Associação criminosa e fraude fiscal qualificada superior a 42 milhões de euros são as acusações que Armando Cardoso, o presidente da Conforlimpa, vai enfrentar em julgamento por decisão do Tribunal Judicial de Vila Franca de Xira.
A decisão instrutória, lida na segunda-feira, 13 de maio, confirma praticamente a totalidade da acusação que já fora deduzida contra o empresário pela juíza de instrução criminal do processo, e senta ainda no banco dos réus mais 10 arguidos, entre os quais sete empresas, pelo mesmo tipo de crimes.
O tribunal decidiu ainda manter Armando Cardoso em prisão domiciliária com vigilância eletrónica, situação que se mantem desde Fevereiro de 2013, e depois do empresário ter sido colocado em prisão preventiva na sequência da operação "Clean", em Outubro de 2012.
Em julgamento, o presidente da Conforlimpa, um dos maiores grupos de limpezas industriais do país com sede na Castanheira do Ribatejo, vai ainda enfrentar um pedido de indemnização cível interposto pelo Ministério Público no valor de 42.352 milhões de euros.
Segundo a acusação, terá sido este o montante total em que o Estado foi lesado pelo esquema fraudulento desenvolvido pelos arguidos, entre 2004 e 2012.