O conhecido ambientalista Arlindo Marques, a quem muitos chamam o “guardião do Tejo” por se ter destacado na luta em defesa do rio, foi distinguido pela Confederação das Associações de Defesa do Ambiente com o Prémio Nacional do Ambiente.
Citado pela agência Lusa, Arlindo Marques não escondeu a sua satisfação por este reconhecimento ao trabalho que tem feito nos últimos três anos em prol do rio Tejo. “Foi uma luta um bocado difícil”, disse Arlindo Marques, explicando que “foram três anos a lutar, três anos a ir ao rio, três anos a ir aos focos de poluição, a mostrar os peixes mortos, as águas escuras, porque o cheiro não se conseguia mostrar, e a espuma que parecia a espuma da morte”.
“Foi um trabalho conjunto de várias pessoas, eu fui a máquina do comboio”, comentou, explicando à Lusa que sempre que era informado de algo que estava a acontecer no rio se deslocava ao local, fotografava, filmava e partilhava as imagens nas redes sociais, que ajudara a alertar as autoridades para as descargas poluidoras que cobriram as águas do Tejo com espuma tóxica.
Apesar de “alguns dissabores”, como um processo que lhe foi instaurado pela empresa de celulose Celtejo, instalada em Vila Velha de Rodão, Arlindo Marques disse que a luta valeu a pena.
O prémio vai ser atribuído em Lisboa no próximo dia 22.