O caso remonta a junho de 2018, quando o arguido estava no quintal da sua casa e foi abordado por um indivíduo que chegou ao volante de um táxi, e que lhe perguntou se vendia cães.
De seguida, segundo a Acusação do Ministério Público (MP), o homem foi atacado por outros três comparsas a murro e pontapé, antes de ser levado para o interior da residência, onde continuou a ser agredido e foi atado com abraçadeiras.
Os ladrões levaram um televisor, uma Playstation e outros artigos avaliados em mais de 1.500 euros, mas não tocaram na droga, que foi encontrada minutos mais tarde pela GNR, que entretanto tinha sido alertada pela empresa de alarmes do próprio assaltado.
As autoridades encontraram sementes, folhas e resquícios de cannabis sativa, cocaína e MDMA, e um conjunto de objetos associados ao corte e venda de estupefacientes, como balanças de precisão, moinhos elétricos e sacos herméticos, entre outros.
No quintal, junto à piscina, estavam plantados três pés de cannabis, e dentro do seu BMW de alta cilindrada, o indivíduo tinha uma lata para transporte de cocaína e 1.700 euros em dinheiro debaixo do banco do pendura.
Perante todo o material encontrado, o MP considera que o arguido vendia estupefacientes a consumidores que o procuravam, assim como sustenta que o carro apreendido era usado para o transporte e distribuição do produto.
Este arguido vai responder por um crime de tráfico de estupefacientes de menor gravidade, ao passo que o condutor do táxi, o único dos quatro assaltantes que foi identificado, está acusado de um crime de roubo qualificado.