Nascida em 1921, a 19 de março, dia do pai e também dia da cidade com direito a feriado municipal, Maria José Pereira Malaquias foi acolhida pelo Lar de Santo António quando tinha sete anos e saiu quando tinha 18 anos, em 1939, para casar e iniciar a sua vida adulta.
Ora, feitas as contas, 82 anos depois, a idosa regressou a um local que a marcou e deixou muitas saudades, numa surpresa que foi preparada por alguns sobrinhos.
“Ela guarda memórias muito positivas do tempo que cá passou, porque diz que foi muito feliz e saiu preparada para a vida”, explicou à Rede Regional Maria Emília Rufino, a atual presidente da direção do Lar de Santo António, acrescentando que esta pequena festa teve um simbolismo especial para todos, até porque se trata de uma instituição que desenvolve o seu trabalho na área da infância e juventude.
“Foi uma presente para ela e para nós também, porque é muito gratificante ver o nosso trabalho reconhecido desta forma, por alguém que, tantos anos depois, ainda sente um carinho tão grande pela instituição”, afirmou a responsável.
Aos 100 anos, a idosa apresenta alguns problemas de mobilidade e audição próprios da idade, mas conserva uma memória extraordinária de todo o seu longo percurso de vida, que passou também por África e pelos Estados Unidos.
Nesta visita ao local onde cresceu, ainda se recordava de como eram as instalações do Lar de Santo António na sua altura, e onde ficavam a horta, os galinheiros e a casa do forno, entre outros espaços que entretanto foram desaparecendo.
Qui, 11 Setembro 2025
