A empresa intermunicipal Águas do Ribatejo revelou hoje que a origem de areias na água que abastece algumas habitações na Rua Joaquim Colaço Ribeiro, em Almeirim, teve a ver com o assoreamento de um dos furos de captação na Central de Águas de Almeirim, que abastecia a zona.
O furo com anomalias já foi colocado fora de serviço e será selado. O abastecimento passou a ser assegurado por um segundo furo já existente. Em simultâneo foram realizadas descargas periódicas na rede para retirar a areia da conduta.
A concentração de areia justifica-se devido a condições hidráulicas existentes no local que facilita a deposição da mesma. Neste momento a situação está quase normalizada. Em alguns momentos do dia, nos períodos de maior consumo, ainda se nota a presença de uma quantidade residual de areia na água que a empresa acredita que possa ser eliminada nos próximos dias.
Para resolver de vez a situação, além de selar o furo com problemas, a Águas do Ribatejo iniciou de imediato o procedimento administrativo para a construção de um novo furo, processo ainda em curso e que requer um investimento de cerca de 100 mil euros que não estava previsto.
Qualidade da água nunca esteve em causa
Segundo a Águas do Ribatejo, ao longo deste processo, adicionalmente ao Plano de Controlo da Qualidade da Água, foram recolhidas amostras de água no local. Nas colheitas realizadas, detetou-se a presença de Sílica composto que integra a areia na forma de cristal brilhante e que não é perigoso para a saúde pública.
A empresa garante que a água consumida em Almeirim “tem a garantia de qualidade como confirmam as análises realizadas regularmente por laboratório certificado e cujos resultados são públicos e do conhecimento das entidades competentes, nomeadamente Entidade Reguladora (ERSAR), Autoridade de Saúde e Município e Freguesia”.