Dom, 16 Fevereiro 2025

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Advogada acusada de burlar casal de idosos

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O tribunal judicial de Santarém vai começar a julgar uma advogada acusada de um crime de burla qualificada, alegadamente cometida sobre um casal de idosos de 78 e 74 anos, a quem terá cobrado mais de 11.200 euros por serviços jurídicos que fingiu ter prestado.

A jurista, L. Oliveira, natural de Vila Franca de Xira e com escritório em Lisboa, foi contratada em 2009 por António Correia (entretanto falecido) e pela sua esposa, Mariana Realista, para resolver as questões legais que envolviam um terreno no Porto Alto, freguesia de Samora Correia, e que o casal de idosos pretendia vender a um terceiro.

Em menos de seis meses, entre Junho e Dezembro de 2010, a arguida exigiu 15 pagamentos aos queixosos, todos feitos por transferência bancária, num valor total que ronda os 11.200 euros, alegando que o dinheiro se destinava a pagar o seu trabalho e despesas relativas ao processo.

Segundo a acusação do Ministério Público (MP), a que a Rede Regional teve acesso, era do conhecimento da advogada que a legalização do terreno em causa não era exequível nos termos em que era proposto, mas isso não a coibiu de cobrar, de forma continuada, dinheiro ao casal de idosos.

Perante o impasse na legalização da propriedade, a partir de março de 2011, a família dos idosos começou a questionar o andamento do processo, tendo a arguida, ao longo do tempo, deixado de os receber ou de lhes atender o telefone.

Nunca lhes devolveu quaisquer documentos que estivessem na sua posse ou parte das verbas entretanto cobradas, considera o MP, que sustenta ainda que a arguida aproveitou-se do ascendente que exercia pelo facto de ser advogada junto do casal de idosos, que mal sabiam ler e escrever.

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