Dezassete suspeitos, todos indiciados pela prática dos crimes de associação criminosa, burla e recetação, foram ouvidos em primeiro interrogatório judicial nos dias 15 e 16 de novembro, no Juízo de Instrução Criminal de Santarém, tendo quatro deles ficado em prisão preventiva.
Segundo a Procuradoria da Comarca de Santarém, os arguidos, todos apanhados fora de flagrante delito, ficaram sujeitos a medidas de coação diversas, dada a diferente gravidade da atuação de cada um.
A maioria ficou apenas sujeita a termo de identidade e residência ou a proibições de contacto, tendo sido determinada a prisão preventiva quanto a quatro deles.
“Os mandados de detenção fora de flagrante delito tinham sido emitidos pelo Ministério Público, para cumprimento pelo Departamento de Investigação Criminal de Leiria da Policia Judiciária, entidade que procedeu a buscas e apreensões por essa ocasião e que prosseguirá com as diligências de investigação, na dependência da Secção de Tomar do DIAP de Santarém”, explica a Procuradoria em comunicado.
Segundo a tese do Ministério Público, os arguidos, originários do norte e centro do país, estavam à frente de empresas fictícias que encomendavam bens, que não pagavam, mas que revendiam em proveito próprio.
“Alguns deles tinham já antecedentes criminais ou processuais por situações idênticas, o que explica que dois deles estejam em situação de prisão preventiva no âmbito de outro processo relativo a crimes semelhantes”, conclui o mesmo comunicado.