A falta de profissionais de saúde e de assistência médica condigna foram os motivos do protesto que reuniu perto de 300 utentes junto ao centro de saúde de Salvaterra de Magos, no final da tarde de sexta-feira, 15 de novembro.
A situação está a tornar-se insustentável, sobretudo para a população mais idosa, segundo a Comissão de Utentes de Saúde do Concelho de Salvaterra de Magos (CUSCSM), que diz temer ainda um agravar da situação.
“Não temos assistência médica, a pouca que existe é insuficiente e não há perspetivas de melhoras. As pessoas estão muito preocupadas", disse à Rede Regional Rogério Monteiro, o porta-voz da CUSCSM, que organizou o protesto.
Um dos exemplos referidos por Rogério Monteiro é o facto do concelho ter, neste momento, sete médicos para uma população residente que ronda os 22.500 habitantes.
Além da falta de médicos, os utentes queixaram-se da falta de cuidados de enfermagem e protestaram contra o encerramento de várias extensões de saúde nas freguesias rurais do concelho, onde ninguém consegue compreender a política de gestão dos equipamentos.
O exemplo dado é Foros de Salvaterra, onde está em fase de conclusão a nova extensão de saúde que, quando ficar pronta, não terá ninguém para prestar lá serviço.
Com apitos e buzinas, os populares uniram-se num protesto ruidoso para serem ouvidos pelos responsáveis do Ministério da Saúde, porque não encontraram resposta nas várias reuniões que têm tido com os organismos regionais de saúde.
Segundo a comissão de utentes, os protestos não vão ficar por aqui.
Já estão pedidas reuniões ao Ministro da Saúde e corre também uma petição que pretende chegar às 4 mil assinaturas e esperam ver discutida na Assembleia da República no próximo mês de Janeiro.