A Comissão de Utentes da Saúde do Médio Tejo (CUSMT) vai solicitar uma reunião com carácter de urgência ao Ministro da Saúde para entregar as mais de 25 mil assinaturas que já conseguiu recolher até ao momento, num abaixo-assinado contra a reorganização de serviços no Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT).
Uma das reivindicações populares é a continuidade do serviço de urgências no Hospital de Tomar, que poderá estar em risco, uma vez que um estudo da Comissão para a Reavaliação da Rede Nacional de Emergência e Urgência, divulgado esta semana, aponta para o seu encerramento.
Uma vez que Paulo Macedo garantiu que não vai aplicar as propostas antes de um debate profundo com as populações e os órgãos autárquicos locais, a CUSMT sustenta que as 25 mil assinaturas são uma resposta cabal ao ministro, a quem exigem “respeito pelo povo”.
Além da continuação da urgência no Hospital de Santa Maria, o abaixo-assinado da CUSMT defende também que os serviços de medicina interna, cirurgia em ambulatório e pediatria devem existir em todas das unidades hospitalares do CHMT, Tomar, Torres Novas e Abrantes.
A comissão vai também solicitar reuniões com as direcções executivas dos Agrupamentos de Centros de Saúde (ACES) “Zêzere” e “Serra D’Aire”, e com o conselho de administração do CHMT, a quem vai pedir explicações sobre “reestruturações que ninguém prevê ou assume, mas que afectam gravemente as populações do Médio Tejo”.