A Assembleia Municipal de Tomar aprovou a criação de uma Comissão de Saúde para estudar a situação do hospital e das extensões de saúde do concelho e vai pedir “audiências urgentes” para manifestar “oposição” ao eventual encerramento das urgências.
Em moção aprovada por unanimidade na última assembleia municipal, os autarcas decidiram solicitar, em consonância com a câmara municipal, audiências aos grupos parlamentares, à Comissão de Saúde da Assembleia da República e ao ministro da Saúde para transmitir “a firme oposição dos representantes do povo de Tomar” à retirada de serviços de saúde do concelho.
Em concreto referem oposição ao eventual encerramento das urgências do Hospital Nossa Senhora da Graça (um dos três que, com Torres Novas e Abrantes, integram o Centro Hospitalar do Médio Tejo) e a “todas as situações de efetiva (ou perspetivada) deslocação de serviços/especialidades, ou subaproveitamento de serviços, de recursos e de equipamentos”.
A moção lamenta que o hospital de Tomar se tenha tornado numa “espécie de parente pobre do Centro Hospitalar do Médio Tejo”, sublinhando que a situação de “carência” de cuidados de saúde na região foi agravada com o recente encerramento do Serviço de Atendimento Permanente, o que “não pode continuar a verificar-se com o silêncio complacente dos órgãos autárquicos”.