Tatiana Silvestre, que desde junho de 2019 exercia as funções de diretora do Serviço de Gestão e Planeamento do Hospital Distrital de Santarém (HDS), é a nova presidente do Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde (ULS) da Lezíria do Tejo, que abrange o HDS e os centros de saúde dos concelhos de Almeirim, Alpiarça, Cartaxo, Chamusca, Coruche, Golegã, Rio Maior, Salvaterra de Magos e Santarém.
A nomeação foi publicada esta segunda-feira, 29 de janeiro e, além de Tatiana Silvestre, este novo órgão de gestão integra ainda Ana Rita Paulos (diretora clínica para a área dos cuidados de saúde hospitalares); João Pedro Ferreira (diretor clínico para a área dos cuidados de saúde primários); Sérgio Domingos (vogal executivo com o pelouro financeiro); Hugo Sousa (vogal executivo proposto pelos municípios abrangidos pela ULS); e João Formiga (enfermeiro diretor).
Tatiana Filipa Palão Silvestre, natural de Santarém, é pós-graduada em Administração Hospitalar, pela Escola Nacional de Saúde Pública da Universidade Nova de Lisboa (2018), e Mestre em Gestão da Saúde – Gestão das Organizações de Saúde pela Escola Nacional de Saúde Pública da Universidade Nova de Lisboa (2009). Antes de dirigir o Serviço de Gestão e Planeamento do HDS já tinha dirigido vários departamentos desta unidade de saúde.
É professora convidada na disciplina de Gestão Financeira do Curso de Especialização em Administração Hospitalar da Escola Nacional de Saúde Pública e participou em diversos grupos de trabalho na área da Saúde.
Antes das nomeações, a Comissão de Recrutamento e Seleção para a Administração Pública (CReSAP), pronunciou-se favoravelmente sobre os nomes indicados para o Conselho de Administração, que até agora era liderado por Ana Infante, que liderava o CA do Hospital Distrital de Santarém e assumiu o cargo desde janeiro até hoje.
ANA INFANTE FAZ BALANÇO A 6 ANOS À FRENTE DO HDS
Já esta segunda-feira, a presidente do Conselho de Administração do HDS, Ana Infante, fez um balanço aos cerca de seis anos em que esteve á frente da unidade de saúde, referindo que “as dificuldades foram grandes, mas as realizações muito mais significativas e gratificantes”.
A conclusão das obras do Bloco Operatório Central e de Partos (2018), foi para Ana Infante um dos primeiros desafios, que continuou com a pandemia COVID 19, que considera “porventura, o maior desafio do SNS desde a sua existência”.
“Em termos assistenciais, área fundamental da nossa missão, a estratégia assumida e o desenvolvimento da nossa política foi clara: criar diferenciação clínica, melhorar as condições técnicas de trabalho, garantir um melhor acesso e maior conforto para os utentes, desenvolver uma maior ligação aos cuidados de saúde primários e melhorar a qualidade da prestação de cuidados de saúde prestados à população”, refere Ana Infante, em carta enviada à Rede Regional.
O aumento do número de consultas anual, que passou de cerca de 50 mil para cerca de 194 mil, a redução das listas de esperas cirúrgicas, com exceção da ortopedia, a implementação da hospitalização domiciliária, e a criação da Equipa Comunitária de Saúde Mental, foram outros dos pontos destacados no balanço de Ana Infante.
“Num contexto de dificuldades financeiras, com muitas restrições devidas ao evidente subfinanciamento crónico, foi possível ter uma gestão financeira eficiente que permitiu diminuir o prazo médio de pagamento a fornecedores para 110 dias (bem inferior ao que encontrámos no início do nosso mandato) e concluir o ano de 2023 com um EBITDA previsto na ordem dos 10 ME negativos, valor que nos coloca numa posição privilegiada no confronto com os restantes hospitais de referência”, afirma a ex-responsável pelo HDS.
Ana Infante conclui referindo que, de 2018 a 2023, foram investidos cerca de 25 milhões de euros em infraestruturas e em tecnologias da informação e informática.
“Temos a noção de termos dado o nosso melhor, de termos cá estado, todos os dias, com sentido de missão e com o recurso a todas as nossas capacidades”, afirma ainda Ana Infante, que agradece a todos os colaboradores e acredita que a nova equipa de gestão “terá a oportunidade de fazer melhor do que foi feito nos últimos anos, em benefício da vasta população que servimos”.
