Dom, 1 Dezembro 2024

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Salvaterra tem um médico por cada 3.700 habitantes


Com apenas seis médicos de família a prestar serviço em todas as unidades de saúde do concelho, Salvaterra de Magos apresenta actualmente um rácio de um clínico por cada 3.700 habitantes, sensivelmente o dobro da média do Ribatejo.

O alerta foi dado na última reunião pública da Câmara Municipal de Salvaterra pelos vereadores do PS, para quem o concelho “caminha, se nada for feito entretanto, para uma situação de calamidade social” a nível da prestação de cuidados de saúde.

Segundo Hélder Esménio e João Manuel Simões, actualmente há um médico em Marinhais e outro na Glória do Ribatejo, dois em Salvaterra de Magos, um nos Foros de Salvaterra e outro que é partilhado entre estas duas últimas freguesias. Resta um profissional, que está actualmente de baixa.

No quadro negro que deixaram da saúde no concelho, os eleitos do PS sublinharam ainda que três freguesias – Granho, Muge e Glória, que somam mais de 5.000 habitantes – são servidas apenas por um clínico, uma vez que o segundo se encontra de baixa, e que a reforma eminente dos dois profissionais de Foros de Salvaterra deixará quase 5.000 munícipes sem médico de família.

A rescisão do contrato por parte de um dos dois médicos que prestava serviço em Marinhais (a freguesia mais populosa do concelho), deixou 6.000 utentes desacompanhados, uma realidade agravada pelo facto do próprio Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) Lezíria II já ter transmitido à Junta de Freguesia local que terá bastantes dificuldades em preencher a vaga.

“Estamos disponíveis para partilhar sacrifícios, mas não para ser discriminados pelo Serviço Nacional de Saúde”, salientaram os vereadores socialistas, para quem “não há equidade de tratamento entre cidadãos do mesmo país”.

“Os cidadãos deste concelho têm de ser tratados com a mesma dignidade que todos os outros”, salientaram Hélder Esménio e João Manuel Simões, sublinhando que Salvaterra de Magos tem também inúmeros problemas ao nível do desemprego e do envelhecimento da população, franjas que não têm disponibilidade financeira para recorrer à medicina privada ou ao hospital de Santarém quando não têm alternativas mais próximas de casa.

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