O Primeiro-Ministro, António Costa, e a Ministra da Saúde, Marta Temido, vão visitar esta quarta-feira, 13 de março, o Hospital de Santarém, onde se vão inteirar do ponto de situação das obras de remodelação total do Serviço de Medicina Física e de Reabilitação (SMFR) e da construção dos novos blocos operatórios Central (BOC) e de Partos (BOP).
Segundo informação da administração da unidade de saúde, no que respeita ao Serviço de Medicina Física e Reabilitação, as obras rondaram os 350 mil euros, tendo sido recuperado todo o serviço, designadamente, gabinetes de consulta, ginásio, salas de tratamentos e todas as instalações de apoio necessárias a um serviço moderno e eficiente.
Já no que diz respeito aos blocos operatórios, o valor total do investimento ultrapassou os 6 milhões e meio de euros, sendo 4,1 para obras e 2,4 para equipamentos.
Ambos os projetos foram cofinanciados por fundos comunitários no valor de 140 mil euros (SMFR) e de 1,345 milhões (blocos). Neste último caso, a administração ainda aguarda a aprovação de uma candidatura ao programa Alentejo 2020, cuja comparticipação esperada é de 890 mil euros.
A obra do bloco operatório central incluiu a reconstrução total de cinco salas cirúrgicas, com um novo layout, descrito como “mais eficiente, racional e adaptado à diferenciação atingida pelas diferentes especialidades cirúrgicas”. Foi paralelamente criada toda a infraestrutura física de apoio ao bloco, designadamente área de recobro com capacidade para 10 unidades e salas pré anestésicas.
Quanto ao bloco de partos, terá duas salas cirúrgicas e restante infraestrutura de apoio, designadamente quatro salas de dilatação, sala de ecografia, sala dirigida a partos instrumentados, recobro pós anestésico e urgência obstétrica.
“Com as novas infraestruturas, equipamentos e processos de trabalho (também estes adaptados á evolução dos cuidados de saúde) o HDS consegue um salto de qualidade e acesso essencial às necessidades da nossa população”, refere a administração, em comunicado.
AUMENTAR PRODUÇÃO E QUALIDADE
Com o novo bloco de partos, o objetivo é recuperar dos atuais 1.000 partos para os 1.500 (anteriores à perda do bloco diferenciado) com objetivo de conquistar adicionalmente 5% dos partos, a cada ano, aos prestadores privados regionais.
Serão também disponibilizadas técnicas diferenciadoras na área da obstetrícia, como a possibilidade de realização de partos não convencionais.
Já com o bloco central, a administração refere que a produção cirúrgica, “à data de hoje gravemente prejudicada porque limitada a 2 salas para 8 especialidades cirúrgicas”, terá um incremento natural.
Com o reforço do corpo de enfermeiros de bloco (em fase de finalização) e de anestesistas (previsivelmente com aumento 10% do contingente), será possível abrir em média mais uma sala, o que representa um aumento de 50% dos tempos deste bloco central.
Já as cirurgias de ambulatório e respetiva taxa de ambulatorização, face á disponibilização de 1 das 3 salas (atualmente ocupada como sala de urgência), sofrerá um aumento entre 15% e 25%.