As obras do Travessão do Pego, uma espécie de dique submerso no Rio Tejo que serve para abastecer a central termoelétrica daquela localidade do concelho de Abrantes, poderão ser retomadas em breve, após a suspensão decretada pela Agência Portuguesa do Ambiente.
Este organismo governamental lançou recentemente um edital que condiciona o avanço das obras ao “rebaixamento do travessão existente para a cota 23,50m (redução de 1 metro da cota atualmente existente), com manutenção das inclinações dos taludes existentes e largura da crista”.
O mesmo documento indica a necessidade da “aplicação de uma camada de recobrimento no talude de montante com inertes de granulometria variável, complementada com o enconsto de areias” e a “execução de barreira / vedação destinada a impedir o acesso ao local de pessoas e veículos não autorizados”.
O edital tem a decorrer um prazo de 30 dias para os interessados poderem apresentar algum tipo de contestação e os deputados do Bloco de Esquerda Carlos Matias e Jorge Costa aproveitaram para enviar três questões ao Ministério do Ambiente:
“O Ministério e as entidades competentes estão em condições de garantir que esta solução apresentada garante a passagem de caudais ecológicos no rio e a circulação das espécies piscícolas, permitindo a sua navegabilidade e a passagem de sedimentos?”, questionam os deputados que querem ainda saber se “foram estudadas medidas alternativas à construção de um travessão e quais?” e se “o Ministério considera dragar esta zona do rio, libertando os sedimentos presos pelo travessão e aumentar o volume de água nesta zona do Tejo?”