O ministro da Saúde prometeu que o serviço de medicina interna do Hospital de Tomar vai reabrir até final de outubro deste ano, durante uma reunião na Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo (CIMT), realizada esta sexta-feira, 3 de junho.
Adalberto Campos Fernandes anunciou ainda que que os utentes do concelho de Ourém poderão aceder aos cuidados de saúde no hospital mais próximo, que, neste caso, será Leiria, mas a visita do representante do governo já está a provocar polémica porque apenas foram convidados os deputados do PS.
Em Tomar, além da questão da medicina interna, o ministro anunciou ainda a aquisição de um equipamento de TAC para a unidade hospitalar da cidade, que será instalado até ao final do primeiro trimestre do próximo ano.
A reunião, que serviu para discutir a estratégia de saúde para a região, contou com a presença de representantes da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, do Centro Hospitalar Médio Tejo e do Agrupamento de Centros de Saúde do Médio Tejo.
No que e refere ao acesso de Ourém aos cuidados de saúde em Leiria, Adalberto Campos Fernandes salientou que “não faz sentido que, se a resposta está a 20 quilómetros, forçar que o cidadãos se desloquem 60 ou 70 quilómetros”, neste caso, para o Hospital de Abrantes, que servia de referência.
Deputados do PSD lamentam não terem sido convidados
Os deputados do PSD eleitos pelo círculo de Santarém reagiram negativamente ao facto de apenas os deputados do PS terem sido convidados para marcar presença na reunião com o ministro, dizendo-se até “discriminados”.
“Uma semana após o titular da pasta da Saúde ter correspondido positivamente a um desafio do PSD para um consenso para resolver os problemas da saúde no distrito, não nos parece construtivo organizar uma reunião em Tomar com a Administração do Centro Hospitalar do Médio Tejo, com os autarcas do Médio Tejo e apenas com os deputados do PS, excluindo, pelo menos, o maior partido da oposição”, afirmou Duarte Marques, para quem esta questão é um “desrespeito pela pluralidade na Assembleia da República”.
“Não sabemos se os deputados do BE e PCP foram convidados, mas não nos parece democrático, plural e nada respeitoso que o governo exclua qualquer grupo parlamentar de uma reunião formal”, acrescenta o deputado social-democrata, que diz que os eleitos da oposição foram tratados “de forma discriminatória”.