Segundo a diretora deste serviço, a médica Isabel Padroso, “inicialmente a média diária era de 96, mas, com o aumento do número de casos da doença, atingiu os 300 testes”, o que representou um investimento a rondar os 1,1 milhões de euros.
Isabel Padroso explica que “o novo coronavírus chegou como um tsunami” que fez sentir, desde a primeira fase, a escassez de reagentes para o diagnóstico do SARS CoV2 (Biologia Molecular) e de material consumível (como, por exemplo, tubos, placas e pontas de pipetas automáticas) para a realização dos testes, em linha com o que aconteceu a nível nacional.
Como a maioria dos profissionais do hospital de Santarém precisava de formação “para a execução das técnicas de PCR-RT clássica, necessárias para o diagnóstico da COVID 19, a opção inicial foi começar por fazer testes rápidos”, acrescenta a médica, recordando que “o número de testes rápidos que iam sendo vendidos ao hospital foi diminuindo progressivamente e, como já não era possível dar resposta às necessidades dos doentes só com este tipo de testes, decidiu-se implementar novamente a PCR clássica, em junho”.
No total, realizaram-se cerca de 2500 testes rápidos, precisa.
No que respeita aos profissionais, juntaram-se à equipa mais uma médica especialista, quatro técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica (TSDT) e dois assistentes operacionais, essenciais para responder à pressão do trabalho que aumenta quando se verificam picos da pandemia.
“Além dos doentes com Covid-19 propriamente ditos, é preciso fazer testes de diagnóstico aos doentes da pré-quimioterapia, antes de exames, pré-operatórios, às grávidas e aos acompanhantes das crianças”, acrescenta a diretora de serviço.