Durante os últimos meses, o HDS e o ACES Lezíria têm desenvolvido este projeto cujo objetivo passa por, nas situações consideradas não urgentes, o utente fique com uma consulta agendada no próprio dia ou no dia seguinte na sua unidade de saúde, recorrendo, para tal, a uma plataforma cedida pela Administração Regional de Saúde de Lisboa Vale do Tejo (ARSLVT).
Segundo a presidente do Conselho Clínico do ACES Lezíria, Marília Boavida, “para que este circuito tenha êxito, é necessário a sensibilização dos utentes e dos profissionais que se trata de um sistema de marcação simples e efetivo entre o Hospital e o centro de saúde”.
“Trata-se de uma população que devido à proximidade do Hospital e à dimensão do concelho, tem um peso muito grande na procura de cuidados recorrendo ao Serviço de Urgência. A expectativa é que, com este projeto, os utentes recorram aos serviços mais adequados, de acordo com a sua situação clínica”, acrescenta Marília Boavida.
“Vamos continuar a garantir que a prestação de cuidados a estes utentes aconteça no sítio certo, na sua unidade de saúde”, explica também Carlos Ferreira, o diretor executivo do ACES Lezíria, que assegura que, após um período de testes, a partir de 3 de agosto, este novo procedimento torna-se efetivo para todo o concelho de Santarém.
Da parte do HDS, Graça Amaro, diretora do Departamento de Urgência, considera que “os utentes menos urgentes, classificados segundo o modelo de Triagem de Manchester com a cor verde e azul, devem ser atendidos na sua unidade de cuidados de saúde primários, pois são estes os utentes que têm de esperar mais tempo para serem atendidos”.
“Existem orientações do Ministério da Saúde no sentido de uma articulação estreita entre os hospitais e os cuidados de saúde primários para que os utentes menos urgentes sejam atendidos na sua Unidade”, acrescenta a médica.