Os médicos Custódio Fidalgo e Teresa Rodrigues e as enfermeiras Joana Salgado e Marta Miguel foram os primeiros profissionais de saúde a ocupar as quatro salas preparadas para a administração do fármaco.
“Esta é mais uma das várias etapas que temos percorrido desde março, e espero que ajude no combate à COVID-19”, afirmou Custódio Fidalgo, o diretor da Unidade de Cuidados Intensivos (UCI) do hospital, que elogia o esforço científico no desenvolvimento desta nova arma contra o novo coronavírus.
A vacina “significa um grande avanço tecnológico, e temos que agradecer aos investigadores e aos laboratórios que a desenvolveram e produziram em tempo recorde”, disse Custódio Fidalgo, que aconselha toda a população a vacinar-se contra a COVID-19, sem temer os possíveis efeitos secundários.
“O facto de terem sido os profissionais de saúde os primeiros a receber a vacina é um ato simbólico que reconhece o enorme esforço que fizeram ao longo do último ano, não só pela sobrecarga de trabalho, mas também pelo facto de estarem na linha da frente e alguns terem, eles próprios, ficado doentes”, explicou Ana Infante, a presidente do Conselho de Administração (CA) do hospital, sublinhando que tem sido “uma batalha bastante dura”.
Apesar do início da campanha de vacinação ser “um momento histórico”, Ana Infante considera que “não podemos baixar a guarda”.
“Vamos entrar no novo ano de 2021 com mais esperança, com menos receios e com mais instrumentos para combater a pandemia, mas ainda não ganhámos a batalha, ou seja, temos que continuar a adotar e a manter todas as medidas de proteção”, sublinhou a responsável.
Segundo Ana Infante, dos cerca de 1.600 funcionários do Hospital de Santarém, perto de 1.200 inscreveram-se para a toma da vacina, numa segunda fase que deverá arrancar ainda durante o mês de janeiro do próximo ano.