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Hospital de Santarém com urgências “caóticas” e internamento a 200%

A situação do Serviço de Urgência do Hospital Distrital de Santarém (HDS) permanece muito complicada, com doentes em macas e cadeirões espalhados pelos corredores enquanto aguardam tratamento ou internamento.

“Isto está caótico”, revelou na manhã desta segunda-feira à Rede Regional uma fonte que trabalha nas urgências da unidade de saúde, num relato repetido por vários outros funcionários do HDS ao nosso jornal desde a semana passada, quando a situação, já de si muito complicada, se terá agravado ainda mais com o pico de afluxo motivado sobretudo pelas doenças do foro respiratório.

“Não podemos falar em picos porque isto está quase sempre a abarrotar”, refere outra fonte, garantindo que médicos, enfermeiros e auxiliares estão exaustos, numa situação que, em alguns momentos, chega a ultrapassar a que se viveu durante a pandemia de Covid-19.

“Nessa altura as pessoas tinham de ficar em casa e só vinham em situação mesmo de urgência. Agora vêm logo que têm um espirro”, acrescenta a mesma fonte, que considera que a abertura dos centros de saúde ao fim de semana, como tem ocorrido, pouco ou nada ajuda.

“Ninguém aguenta. É uma violência física e psicológica sobre nós”, confessa outra trabalhadora acabada de fazer dois turnos e que diz que “muita gente começa a pensar em pedir atestado médico” porque não consegue suportar um volume de trabalho como o que tem sido solicitado.

Os problemas estendem-se aos corpos de bombeiros, com constrangimentos na sua operacionalidade devido à retenção de macas, que obriga à demora das ambulâncias no hospital e a que a equipa dessa viatura fique, por vezes várias horas, sem poder ocorrer a outras situações de emergência

Plano de contingência no nível máximo

Contatado pela Rede Regional, o Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde (ULS) da Lezíria, que engloba o HDS e os centros de saúde da região, admite que “nos últimos dias, e à semelhança do que tem vindo a ser relatado a nível nacional, tem-se verificado elevada afluência de doentes ao Serviço de Urgência com necessidade de internamento”.

De acordo com a administração, “perante o total preenchimento das camas de internamento do Departamento Médico do Hospital, o Conselho de Administração teve necessidade de acionar o nível máximo do plano de contingência, com a implementação de diversas medidas, entre as quais: distribuição dos doentes pelos espaços mais adequados para o efeito, incluindo estrutura modular que dispõe, de modo a prestar os melhores cuidados de saúde; suspensão da atividade cirúrgica programada (à exceção da urgente e oncológica); e reforço das equipas de enfermagem”.

A administração garante que as escalas estão asseguradas e diz que já solicitou o desvio de doentes para os Serviços de Urgência de outros hospitais mas foi informada que os mesmos também estão com constrangimentos.

Segundo os números oficiais dados ao nosso jornal, ao início da tarde desta segunda-feira, estavam internados um total de 295 doentes pela Medicina Interna, o que representa uma taxa de ocupação de 200,68%.

Perante a elevada afluência às urgências, a ULS da Lezíria “reforça a importância de a população seguir as recomendações da Direção-Geral da Saúde para as temperaturas frias e perante sintomas gripais, assim como de utilizar a Linha de Saúde (808 24 24 24) antes de se deslocar aos serviços de urgência”.

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