O Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) do Médio Tejo, no norte do distrito de Santarém, precisa de mais 23 médicos de família para atender os cerca de 41.400 utentes sem médico de família.
O número foi avançado esta quarta-feira, 2 de abril, pela diretora executiva do ACES do Médio Tejo, Sofia Theriaga. Em declarações à agência Lusa, a responsável salienta que a situação ainda pode piorar com o pedido de aposentação em curso de cinco profissionais médicos.
O ACES Médio Tejo cobre 11 municípios (Abrantes, Alcanena, Constância, Entroncamento, Ferreira do Zêzere, Mação, Ourém, Sardoal, Tomar, Torres Novas e Vila Nova da Barquinha), num total de 235.100 utentes.
“Sendo uma área muito dispersa e do interior torna-se bastante difícil a captação de médicos, quer por profissionais a concorrer para as vagas abertas em concurso, quer por mobilidade”, apontou Sofia Theriaga à Lusa, tendo observado que o ACES Médio Tejo foi recentemente contemplado com 439 horas mensais de prestação de serviços.
A gestora disse ainda que, no que concerne ao concelho de Abrantes, um dos mais afetados com a falta de médicos e onde cerca de 40% da população não tem médico de família, a disponibilidade de médicos na zona “é bastante crítica”.