Um grupo de investigadores do polo de Santarém do Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária, situado na Estação Zootécnica Nacional, com instalações no Vale de Santarém, em conjunto com uma associação de criadores, estão a tentar recuperar as quatro raças autóctones de galinhas existentes em Portugal, retirando-as do risco de extinção.
A notícia é avançada pela agência Lusa, que cita Virgínia Ribeiro, da Associação de Criadores de Bovinos de Raça Barrosã (AMIBA), entidade detentora dos quatro livros genealógicos das raças de galinhas portuguesas.
A responsável diz que atualmente, não chegam aos 5.000 os animais com as características exemplares destas raças, o que leva a que se encontrem em risco de extinção.
Além da criação do núcleo, esta parceria permitiu a realização de vários estudos, nomeadamente, para registo de dados biométricos e a caracterização genética das quatro raças, percebendo as diferenças entre elas.
Das quatro raças existentes – Amarela, Branca, Pedrês Portuguesa e Preta Lusitânica -, a Branca é a que apresenta um menor número de efetivos (com apenas 900 reprodutoras em todo o país).
Uma das maiores dificuldades para manter as raças “em linha pura” é o facto das galinhas, muito ligadas à agricultura sustentável e familiar, se encontrarem normalmente misturadas, cruzando-se na reprodução.