A diretora do serviço de urgência do Hospital Distrital de Santarém (HDS), Luísa Wandschneider, demitiu-se no início de dezembro, estando a sua função a ser desempenhada interinamente por dois médicos.
Em comunicado, a administração do Hospital Distrital de Santarém diz que a demissão ocorreu por questões pessoais e negou a demissão da diretora clínica ou de qualquer outro elemento do Conselho de Administração, contrariando notícias veiculadas por alguns órgãos de comunicação social.
Recorde-se que o HDS, à semelhança de boa parte das unidades de saúde de todo o país, tem vivido períodos de fortes constrangimentos, nomeadamente por falta de médicos.
Na sexta-feira, 29 de dezembro, o hospital atingiu 100% da capacidade instalada de internamento em cuidados intensivos, com 60% dos casos a dever-se a infeções respiratórias.
Segundo dados do próprio hospital, entre segunda e quinta-feira, o Serviço de Urgência do HDS atendeu uma média de 400 pacientes por dia (um aumento de 49 em média por dia em relação ao mesmo período do ano passado), chegando a 481 episódios de urgência na terça-feira.
Dos 1.601 pacientes que passaram pela Urgência nos quatro dias, incluindo 505 na Urgência Pediátrica, 147 tiveram que ficar internados.
Face ao elevado número de doentes na Urgência a necessitarem de internamento, o HDS decidiu ativar o nível 3 do plano de contingência, reforçando o número de camas de internamento.
A administração pede à população para utilizar a Linha de Saúde (808 24 24 24) antes de se deslocar aos serviços de urgência, evitando ir às urgências com sintomas leves de doença, pois isso prejudica o atendimento dos casos realmente urgentes e que requerem cuidados imediatos e inadiáveis.
