Inês Barroso, Isaura Morais e João Moura entregaram na Assembleia da República uma Pergunta dirigida ao Ministério da Saúde, onde questionam se a tutela tem conhecimento das limitações de recursos humanos do HDS, e para quando está previsto o reforço do quadro clínico nestas especialidades.
“Como pode o Hospital Distrital de Santarém assegurar serviços de anestesia e de ortopedia, sem ver atendidas as suas necessidades mínimas ao nível de recursos humanos”, lê-se no documento distribuído à imprensa, onde os eleitos social-democratas criticam a incapacidade do governo para apresentar soluções.
No HDS, de acordo com os deputados, “os constrangimentos que se verificaram nos dois últimos fins-de-semana estiveram relacionados com o número reduzido de médicos anestesistas, o que obviamente afetou os serviços de ginecologia e obstetrícia”.
O hospital manteve o atendimento, “mas teve condicionamentos inevitáveis, para não se correrem quaisquer riscos ao nível dos cuidados médicos a prestar”, acrescentam, salientando que nos dias 10, 11 e 12 de junho, “o HDS manteve o funcionamento dos Serviços de Ginecologia e Obstetrícia com uma equipa diminuída, mas recusou a receção de politraumatizados e a necessitar de cuidados de obstetrícia / ginecologia que implicassem os serviços de médicos anestesistas”.
Na mesma nota, os social-democratas salientam ainda que “nos dias 18 e 19 de junho, o HDS continuou a registar limitações no bloco de partos e na cirurgia traumatológica, por falta de anestesistas, obrigando ao reencaminhamento de doentes urgentes para outros hospitais da rede”.
