A administração do Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT) desmente a Entidade Reguladora da Saúde (ERS) e garante que não faltou atendimento ao idoso que esteve três dias no corredor da urgência e que acabou por falecer antes de ser operado.
A posição da unidade de saúde decorre na sequência de uma deliberação da ERS, que afirma que o CHMT não acautelou o acompanhamento do homem, de 93 anos, que a 30 de novembro de 2015 ficou três dias no corredor da urgência com uma fratura na tíbia, tendo permanecido na maca sem ter sido internado em enfermaria.
A deliberação da ERS é clara ao que “a conduta do CHMT não se revelou suficiente à garantia dos direitos e interesses legítimos do utente, em especial no que respeita à humanização dos cuidados”.
Fonte de administração do CHMT, disse à agência Lusa que “em nenhum momento” foram “postos em causa o atendimento e os cuidados de saúde prestados ao doente”, que se manteve na urgência de 30 de novembro até à manhã do dia 3 de dezembro, acabando por falecer no dia 4 de dezembro, antes da cirurgia que estava marcada para dia 7.
“Quanto à situação do espaço físico e das instalações do serviço, é por reconhecer essa fragilidade que está em curso o projeto de requalificação do Serviço de Urgência Médico-Cirúrgica”, um investimento anunciado de 1,5 milhões de euros na unidade hospitalar de Abrantes, “por forma a valorizar aquele espaço para os doentes e profissionais, dotando-o de mais conforto e melhores condições”, defende a administração.
O Centro Hospitalar do Médio Tejo abarca as unidades hospitalares de Abrantes (onde se registou esta ocorrência), Tomar e Torres Novas.